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Como a internet criou e transformou ideias empreendedoras durante a pandemia

Que 2020 foi um ano de muitos desafios todo mundo sabe. Mas o ano que passou também foi de grandes oportunidades pra muita gente. Gente que, apesar de todas as incertezas e necessárias mudanças de rota, encontrou no ambiente digital um novo meio para se conectar com o seu público. Assim como o Shopping Iguatemi, que acaba de lançar sua nova plataforma, o Iguatemi Bosque Digital. 

São novos modelos de negócio e dos mais diversos setores que tiveram seu processo de crescimento acelerado pela migração dos consumidores para o ambiente digital. Da gastronomia ao mercado financeiro. Da educação à distância ao marketing de influência. Tudo é possibilidade de empreender no terreno fértil da internet e das redes sociais. 

 

A InHouse Market

A comodidade é o principal produto da InHouse. Uma startup que leva o mercadinho do bairro, aquele da pequena compra do dia a dia, para dentro dos condomínios de Fortaleza — e também de Salvador e São Paulo. A empresa conta com cerca de 23 funcionários e é gerida remotamente. 

Yan Tosta, um dos fundadores da InHouse, faz parte de uma geração que não tem como prioridade ter um carro, por exemplo, e que prioriza bastante seu tempo. Ao lado de seu amigo de faculdade e sócio, Leonardo De Ana, decidiu transformar seu estilo de vida em negócio. “Esse modelo de negócio existe para resolver a demanda da pequena compra, de quem não quer ir no mercadinho de bairro ou pedir no delivery. É para o cara que não quer perder tempo. Quer descer ali embaixo  e pegar um refrigerante, por exemplo. O tempo é o nosso bem mais precioso”. 

 

O Pudim do Dipas 

E se há quem tenha levado mais praticidade para o cotidiano do consumidor, há também quem trouxe um sabor todo especial para o consumidor. Felipe Di Paula, o Dipas, é sambista de mão cheia, compositor e músico, que teve de tocar uma batucada diferente para driblar os desafios impostos pela pandemia. Se antes seguia o ritmo do samba nos shows com o Grupo Mesura, agora a batida é bem de leve, leve o suficiente para soltar o pudim da forma. 

Lançado em maio de 2020, o Pudim do Dipas é um sucesso, tanto que foi necessário alugar um espaço para montar a cozinha, a de casa já não dava conta. Além de sua esposa, que gerencia os pedidos, o negócio também conta com um entregador na equipe. Para o futuro, Dipas quer lançar outras duas sobremesas. Sucesso nas redes sociais, não há planos de ter uma loja física. A ideia é seguir no digital e continuar desenformando essa delícia diariamente. 

 

A influenciadora Paty Santiago 

“Sempre foi por hobby, e não por trabalho”. É assim que Paty Santiago define sua atuação nas redes até a pandemia. A maneira orgânica como dividia seu cotidiano passou a atrair cada vez mais seguidores e não demorou para que as marcas também passassem a procurar o trabalho da agora influenciadora.

Paty se encaixa em um perfil que vem recebendo cada vez mais atenção de empresas, os microinfluenciadores digitais. “As pessoas me vêem como…: ‘ela não é uma blogueira profissional’, por isso eu também tomo bastante cuidado para mesclar bem o conteúdo pago e os posts orgânicos”. Formada em direito e design de interiores, Paty atualmente estuda arquitetura e espera conciliar seus projetos com o trabalho nas redes. “Se eu puder levar os dois juntos, ficaria muito feliz”. 

 

A Eurico 

O isolamento social também foi importante para que muitos empreendedores pudessem mergulhar de cabeça em uma ideia. Igor Cunha já tinha o projeto de empreender no mercado financeiro desde que foi diretor de marketing de um banco digital. A pandemia não atrapalhou em nada a realização desse sonho, pelo contrário. “O que a pandemia fez foi me colocar mais tempo/hora em casa trabalhando”. O empresário vem se dedicando, desde maio do ano passado, aolançamento da Eurico, uma empresa que quer ajudar o brasileiro a aumentar sua capacidade de poupança. 

A Eurico agrega as informações financeiras de seus clientes, possibilitando uma visão geral dos seus rendimentos, sem complicação e com uma linguagem coloquial, fugindo do economês. “Diferente de outras empresas, que têm como objetivo coletar e vender as informações dos usuários para outras empresas, nós lidamos com o consumidor final, ajudando as pessoas a visualizarem melhor seu orçamento”. 

 

O Meu País Ceará 

Talita e Wecton se conhecem desde os 6 anos de idade. Eram vizinhos e sempre estudaram juntos. Ela publicitária, ele estudante de gastronomia, têm em comum o bom humor e o orgulho de ser cearense. Juntos criaram o “Meu País Ceará”, um perfil de humor regional que bombou em 2020 como um alívio no peso da realidade. 

O perfil, que, no ano passado, passou a ser a principal fonte de renda dos criadores, tem parcerias fechadas com diversas marcas, que vão desde o setor de alimentação, com entrega delivery, até empresas de entretenimento, que fizeram sucesso com as lives. O próximo passo do “Meu País Ceará” é montar uma lojinha digital com produtos personalizados da página, como camisetas e bonés, além de lançar um podcast. Claro, sempre fazendo graça e com a aquele jeitinho cearense de ser. 

 

A Matina Treinamentos

E com tantos negócios migrando para o digital, o publicitário Romário Rocha enxergou nesse movimento a oportunidade perfeita para tirar do papel um antigo projeto. “Eu estava em casa durante a quarentena e, como todo mundo, dei uma pirada. Fui buscando formas de criar uma nova rotina e comecei a fazer cursos online. Fiz um de TI (Tecnologia da Informação) que abriu meu horizonte para muita coisa. Então comecei a trabalhar na criação da minha própria plataforma de EAD”. 

A Matina Treinamentos foi pensada no auge dos cursos online durante os primeiros meses de isolamento social e tem como público principal comerciantes e empresários interessados em converter seu negócio para o digital. 

“O comerciante busca estar onde as pessoas estão. E com a pandemia muitas pessoas perderam o medo de fazer compras pela internet, porque era o único jeito. Com essa oportunidade, os negócios migraram para o digital. Houve uma aceleração grande e vai continuar acelerando, porque boa parte do público já está online. É um caminho sem volta.”. 

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