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O sonho olímpico da cearense Laila Ferrer

O Bosque Digital conversa com a atleta do lançamento de dardo diretamente de Tóquio, onde já se prepara para a competição.

Até onde você iria por um sonho? A cearense Laila Ferrer foi longe, mais precisamente a Tóquio, capital do Japão. Uma das nossas esperanças de medalha, a atleta natural de Pacatuba, na Região Metropolitana de Fortaleza, já está acostumada a percorrer grandes distâncias por seus sonhos. 

 

De Pacatuba a Fortaleza

De origem humilde, Laila sempre foi adepta aos mais variados tipos de esportes. “Já pratiquei vôlei, futebol e outros esportes, mas meu favorito era o handebol, só que não pensava ainda em viver disso. Depois eu precisei trabalhar, e só com 25 anos decidi realizar o sonho de me tornar educadora física. Passei no vestibular da Unifor e quando fui trocar umas disciplinas, mexer em horários, o coordenador do curso me perguntou se eu tinha interesse em praticar atletismo, e aí me encaixei no lançamento de dardos”. 

Da escolha quase casual que colocou o lançamento de dardos no caminho de Laila, já se vão mais de quinze anos de uma trajetória de muitas vitórias. A atleta começou a se destacar em competições locais, depois nacionais e foi durante um torneio internacional de atletismo que aconteceu na cidade, que Laila conheceu seu atual treinador e foi convidada a ir para São Paulo treinar. “No começo o meu intuito era terminar minha faculdade, porque eu ganhei bolsa, mas nessa competição conheci o Pedro Atílio, meu treinador, e essa nova possibilidade se abriu pra mim”. 


De Fortaleza a São Paulo, com escala em Londres

A ida para o Sudeste do país trouxe novos desafios. Sem patrocínio e sem clube, Laila foi morar com um tio e treinava em frente ao Parque do Ibirapuera. “A gente fazia os treinamentos ali no obelisco. Outra dificuldade é que eu já tinha 26 anos, o que para o atletismo já era considerado muito velha para quem estava começando”. 

Depois de pouco menos de três anos na capital paulista e com vitórias significativas no currículo, Laila consegue a classificação para sua primeira olimpíada, a de Londres, em 2012. A experiência foi como um holofote na carreira, desde então Laila estruturou suas bases, conseguiu um clube, o Pinheiros, e entrou para as Forças Armadas, para participar do Programa de Alto Rendimento da instituição.  

 

O caminho para Tóquio

No meio do caminho para sua segunda olimpíada, Laila enfrentou o maior desafio da nossa geração: a pandemia. “Para nós, atletas, foi extremamente difícil. Com tudo fechado, os centros de treinamento também fecharam e a gente teve que se adaptar. Eu montei uma estrutura para treinar em casa dentro do que era possível, também voltei a praticar o lançamento lá no obelisco, como no começo em São Paulo. Meu treinador disse ‘se a gente iniciou e conseguiu evoluir lá, a gente vai conseguir essa classificação treinando lá’”. 

E assim foi. De volta aos Jogos Olímpicos, Laila é uma das esportistas que representa o Brasil e inspira milhares de meninas do nosso país. “A vida de um atleta é muito difícil. O Brasil tem muito potencial, falta apoio e incentivo para o atleta fazer só aquilo. Eu mesma tive muita dificuldade com isso. Então eu pretendo voltar para o Ceará e ajudar crianças e adolescentes por meio do esporte, como educadora física. A gente vira uma vitrine e tem que, de alguma forma, dar esse retorno”.

Na torcida pelos cearenses

Além de Laila, nosso estado tem outros atletas em Tóquio. Separamos aqui a listinha para você já ficar na torcida pelos cearenses. 

Triatlo

  • Manoel Messias
  • Vittoria Lopes 

Surfe

  • Silvana Lima

Atletismo

  • Ana Cláudia Lemos 

Vôlei de praia

  • Rebecca Silva 

Tênis

  • Thiago Monteiro 

Handebol

  • Adriana “Doce”

Além dos atletas que nasceram no estado, contamos ainda com o nadador Luiz Altamir e o cavaleiro Marlon Zanotelli, que são radicados no Ceará.

 

O Bosque Digital já está na torcida. 

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