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Duas histórias que provam que amar é sobre se deixar transformar

Poucas coisas nessa vida têm o poder transformador tão grande quanto o amor. Se relacionar com alguém é se deixar invadir, se permitir, se adaptar ao mundo, universo e crenças do outro. É um muito sobre dar e receber. Com o Dia dos Namorados chegando, fomos conhecer as histórias de dois casais que se permitiram a diversidade que é amar.

 

Dos tempos de escola

O amor da publicitária Sarah Veloso e do artista Zé Victor Ferrer cresceu junto com eles. Os dois se conheceram na escola, no final do ensino médio. Ele, o menino calado, que ficava no fundo da sala desenhando. Ela, a garota de sorriso fácil, criativa, curiosa e falante, sempre pronta para uma conversa. Essa mistura de frequências deu liga e os dois estão há 8 anos juntos. 

Nessa quase uma década, ambos descobriram mundos novos. Zé, que pelo gosto por desenhar queria trilhar o caminho da arquitetura, descobriu a arte e o grafite. Já Sarah, ao longo dos anos se reconheceu como mulher negra, estudou sobre o tema e hoje influencia pessoas a debaterem e refletirem sobre sua origem nas redes sociais. “Já perto de terminar o terceiro ano, comecei a transição capilar e fui me aprofundando nisso. Já houve situações de a gente parar e conversar, por exemplo, que certo tipo de brincadeira me machuca, porque escutava quando era criança. E o Zé nunca tentou se justificar. Ele sempre foi muito de ouvir, acolher e tentar melhorar”, conta.

Assim como o relacionamento, o trabalho com o grafite – uma cultura periférica – ajudou Zé a expandir seu horizonte. “Além de eu estar disposto a ouvir, a Sarah está disposta a explicar. A gente tem que estar disposto a evoluir. E isso foi bom pra gente como casal”. 

Da escola, os dois foram para a mesma faculdade, embora em cursos diferentes, também já se cruzaram no trabalho. E na quarentena testaram um novo momento do relacionamento: morar juntos. “A gente estava há muito tempo sem se ver por conta da pandemia, daí decidimos pegar uma casa no Cumbuco. Ficamos lá, morando juntos e deu certo. Então isso é uma coisa que a gente tá pensando mais pra frente”, ele explica. 

 

Um amor que foi ficando

Se morar junto ainda é uma expectativa para Sarah e Zé, para Lucas e Rafael já é uma realidade. Os dois se conheciam de vista da faculdade. Rafael cursava comunicação e Lucas trabalhava na biblioteca. Um amigo em comum convidou os dois para um pré-carnaval, e há 5 anos eles provam que um amor de carnaval pode durar além da semana santa. “Nem lembro como, a gente só se olhou, quando percebemos, já estávamos nos beijando. Depois trocamos telefone, e marcamos o nosso primeiro encontro no cinema do Iguatemi”. 

Com o tempo, os dois descobriram outras afinidades, como serem fãs da cantora norte-americana Katy Perry — a ponto de já terem conhecido a estrela internacional. Naturalmente o relacionamento foi avançando para outros estágios, como conta Rafael: “Antes da gente vir morar juntos, eu morava só. E o Lucas ia, deixava uma roupa, depois outra coisa, e quando a gente olhou tudo dele já tava lá em casa. Foi então que resolvemos mudar para um apartamento maior”. 

Superando os preconceitos, o relacionamento foi o impulso que faltava para Rafael se assumir gay para a família. Bem resolvidos com a sexualidade, a relação hoje conta com o apoio dos familiares de ambos, afinal o amor é diverso e transformador. 

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